Ontem eu tava arrumando o meu quarto e achei um caderno de anotações muito antigo. Já perdi a noção exata de quando esse carderno é, mas eu devia ter meus 16-17 anos... sei lá. Aí vi essa letra, a última antes d'eu ver que não podia mudar o mundo e senti uma vontade enorme de compartilhar minha nostalgia.
.Idade Mídia.
Idade média da mídia,
mediana cria nossa
na idade das trevas tudo que samba
cai num foça nova.
É o limite da arte,
medíocre síntese da criação,
um feudo a parte
paralelo à imaginação.
Já nascemos rendidos e servos,
no centro do ego cabe o mundo moderno;
que tá dentro da média e não acima
o que sobe a terra puxa.
A média num vai além,
é pé que do chão não se desgruda.
A influência da moda
é cobra foda de esquivar,
o bote é difícil de não levar.
Depois de envenenado
o difícil é se curar,
o veneno é a venda que não deixa enxergar
além da sombra do que é o mundo
e a caverna é o nosso lar.
Daí é que se gera a rebeldia enlatada,
uma revolta comercializada,
fazendo com que chegue ao lugar nenhum
a alternativa tá na moda de um senso comum.
Que tá dentro da média,
sob o controle da mídia,
código de barras de ferro da prisão,
a arte é produzida
com uma fórmula padrão!
laiá laiá laiá la iê...
10 Comments:
VIVA LA REVOLUCION!
pintada nas camisetas...
o terceiro regimento podia ter um espaço para download também... intervenções sonoras!
blá blá blá...
nao sei se ela me passa essa ideia de mudar o mundo, pois, pensando em rebeldia enlatada fico com uma sensação de obscurantismo só. tá bem que o tropicalismo se diz rebeldia enlatada, mas creio que dentro daquela critica de costumes já se via um ultimo respiro sem saída, um ultimo ar antes do afogamento. afinal, de que serve uma rebeldia se enlatada né? daí toda essa meta-linguagem, auto-retrato-crítico do tropicalismo. no fundo o que queremos é a vedete dificil e não a ativista que nos dá mole.
vivemos num mundo irracional pra caralho, vide discussões entre nós. algum dia chegamos a um renascimento, creio que ele vem depois de cada idade mídia, assim como aconteceu na grécia arcaica... otimismo diante do fim do mundo faz parte, milenarismo é o que não falta...
me lembrei daquela musica do caetano (bem mais agressiva por sinal) chamada anjos sobre berlim. anfim, blá blá blá blue bow.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
aliás escôba, rola noutra musica tua algo do tipo: "mesmo que a luz no fim do tunel possa ser um trem.... ", por aí
hehe... era só uma música de adolescente, luqinha!
hehe... era só uma música de adolescente, luquinha!
pero muy buena
Postar um comentário