25.11.06

em sala de aula

cidadão planetário psicografa lambretas
poesia sem sentido pra matar o tédio de uma aula perdida
a professora e sua compreensão que vão pro beleléu
pelo amor de dios, ninguém aguenta essa mala sem alça
dá vontade de morder
a orelha da minha colega
a carteira ao lado clama
linda mulher em preto e branco
de carne e osso
perfume sinto não
como desejo, como quero
todas elas nuas, minhas
a novidade do sexo
a nova idade sem eixo
menos virtude mais vertigem
escrever e trepar sem parar
tenho duas cabeças pulsantes
que não são apagadores nem giz, mas fúria
de gozo ininterrúpto
um intelecto sexual
a união pela montagem
dois planos em falso raccord
continuidade pelo corte
opacidade que diz sim
negando a transparência dos fracos, pobres de espírito
eu, um desterrado danado sem rumo nem beira
com vontade de viver, viajar
sem volta que dê sentido
quero me sentir vivo
mas não perder pra desmedida
é pra sumir que apareço
é o fim que dá forma à vida
e não o final do plano
que vá à merda o happy-end

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

gostei a beça
muita doidera
mas ininterrupto com acento
é novidade pra mim

14:47  

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