26.12.06

Caneta turbilhada

Agora escrevo
e nada penso,
apenas sinto.

O que corre em minhas mãos
não é racional,
é apenas verdadeiro.

Bom poeta é aquele que sente no papel
e consegue fazer da sua caneta,
o refúgio-comum da vida.

E se perguntarem porque escrevo,
não responderei imediatamente.
E quando for dizer algo,
palavras não sairão da minha boca.

Porque o papel,
não indaga nem questiona.
Apenas escuta
os lamentos de uma caneta turbilhada.

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