11.12.06

feliz natal para todos

O sofá branco sobre o carpete fofo. Uma porta, uma mesa de vidro. Trincos e mais trincos, uma geladeira sem ruído. O chão acolchoado que abafa tudo. Talheres na mesa. Pratos brilhantes na mesa. Tudo parado piscando, parado brilhando, parado - sem parar e, mesmo assim, nada. O lenço bordado da vovó, o jogo americano bordado, não há de que. Mas diga cá comigo: o cheiro morto da cozinha, o mármore na beira da janela, o espelho do banheiro. Sabonetes, perfumes e até florinhas. Um cheiro de talco, uma casa empoeirada. Vamos andando e vendo o chão piscar, as paredes mudando de cor e piscando, o tapete, a geladeira sem graça e a mesa de vidro sem nada, quem sabe algum livro, sem nada, tudo em volta, como sempre, de maneira sem igual, estático, brilhando, escuro, piscando, colorido, piscando, preto e branco. Uma árvore de natal, único ser vivente, ecoa pela casa. E no mais, um relógio que não soa, um mapa amarelo grudado na parede. O sofá branco sobre o carpete fofo. Uma porta, uma mesa de vidro. Trincos e mais trincos, uma geladeira sem ruído. O chão acolchoado que abafa tudo. Talheres na mesa. Pratos brilhantes na mesa e assim por diante sem fim...

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Careta!

13:06  
Blogger Unknown said...

então viva a caretice!

21:26  
Anonymous Anônimo said...

muito bom descobrir esse segredo...

03:40  
Blogger Unknown said...

muito bom mesmo! me lembrou infancia, o brilho na mesa... prata. caramba! muito legal esse texto, esse eu gostei mesmo cara

03:51  

Postar um comentário